Para a maioria dos cristãos, a concepção que se tem do homem é dicotomizada. Ele é visto com duas agendas bem distintas. De um lado as coisas sublimes, aquilo que diz respeito ao espírito. Do outro, as coisas do carne. Assim, aos domingos, alimentamos o espírito. Vamos à igreja e cumprimos os nossos deveres religiosos. Nos outros seis dias da semana nos ocupamos com as coisas seculares, tudo aquilo que nos suga. E assim vivemos dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano. Vivemos duas vidas em uma. Isso é esquizofrênico! Quem agüenta?!
Bom seria se entendêssemos que o homem é uma unidade. Se fôssemos à igreja para buscar a Deus e o encontrássemos na Palavra, nas músicas, nas orações, mas, também, nos braços de um amigo ou numa bela gargalhada. Se percebêssemos Deus no testemunho de um irmão, enquanto batemos um belo papo. Bom seria começar uma dura semana de trabalho entendendo que os meus colegas são instrumentos de Deus para aprimorar o meu caráter. Chegar na sala de aula e vê cada colega como alguém que posso abençoar com meu amor e companheirismo. Sair pelas ruas e viver o mundo como espaço para exercício da minha fé e espiritualidade.
A vida seria mais simples e fácil se vivêssemos uma só vida. Se cuidássemos do nosso espírito e do nosso corpo com a mesma intensidade. Se orássemos mais, se lêssemos mais a Bíblia (e outros livros), se cantássemos mais, se ríssemos mais, se fizéssemos mais atividade física, se comêssemos com mais qualidade, se levássemos menos a sério as más palavras e valorizássemos mais as boas palavras. A vida seria mais simples e fácil se lembrássemos que Deus não é encontrado só aos domingos na igreja, mas, em qualquer lugar e a qualquer hora. Aliás, seria mais simples e fácil se lembrássemos que Ele está dentro de nós.
"Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo? Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo" (1 Co 6.19,20)
Em Cristo Jesus
Emerson Profírio
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